12 de out. de 2011

Mistificadores de Caboclos

Mistificadores de Caboclos

Oxossi é um dos grandes Orixás.Na Umbanda, é respeitadíssimo nos nossos templos por todos os Ele é invencível em qualquer demanda espiritual, e os caboclos seus enviados, transmitem aos seguidores do culto uma força tremenda. O caboclo assumiu em nossos templos a figura de nosso pai biológico, ou seja, aquele homem que queremos ter ao nosso lado, com seu braço sempre forte a nos amparar nos momentos mais difíceis de nossas vidas.E esse sentimento emana de Oxossi

Na Umbanda existe o ditado “filho de Umbanda não cai” existem centenas de pontos cantados que ensinam isso, no entanto, isso vale apenas para os filhos corretos, não há como receber benefícios de um Orixá ou de seus enviados, se uma pessoa não tem boa conduta moral.
Os caboclos são espíritos puros, muito altivos e enérgicos, mas também muito simples. Essa simplicidade, bondade e força, faz com que se afastem dos templos que tentem mudar essa imagem que deles irradia. Leia os dois relatos a seguir e depois raciocine.

Certa vez vi um terreiro na praia desenvolvendo os seus trabalhos, o terreiro chamava a atenção por ser muito decorado, muito grande em área e muito pequeno em participantes. Na corrente meia dúzia de médiuns estavam vestidos de verde, com longas capas finamente bordadas e garrafas de vinho na mão, o que já estava errado.

Em dado momento, o cacique incorporado(?) apanhou uma lança e dirigiu-se a multidão que estava em volta do terreiro assistindo ao trabalho e começou a ameaçar o povo com a lança. Quando ví a cena comecei a rir, aquilo não era um caboclo, lá não havia caboclo algum, na realidade havia um palhaço mostrando-se ao povo a ignorância  em relação as nossas práticas. Não era um caboclo e sim, um idiota mistificador.
Esse tipo de gente não pode ser chamada de umbandista; são palhaços, não são umbandistas. Deveriam na realidade cobrar ingressos para se apresentarem na praia, um palhaço de circo não faria melhor.

Mais a frente andando  em meio às tendas e tomei um tremendo susto quando topei de frente com um rapaz negro, de grande estatura, sem camisa, com uma calça verde de cetim enrolada até os joelhos e com um enorme penacho verde que ia da cabeça aos pés.
O pseudocaboclo dava tremenda bronca em seu cambono, que corria atrás dele lhe pedindo desculpas. Fui atrás para ver aonde iam, algumas tendas a frente entraram em seu terreiro e lá todos os médiuns estavam vestidos da mesma forma, sem camisa, com a calça enrolada, com penachos, arcos e flechas.
Aquilo não era Umbanda, lá não haviam caboclos e aquelas pessoas que se diziam médiuns, deveriam estar no circo ou então, no hospício.
Onde estava a mente daquelas pessoas, apresentaram-se quase nus para uma reunião religiosa mostrando coisas que só existem em suas pequenas e fantasiosas mentes, aquelas pessoas desconheciam que só existe uma conduta que os caboclos adotam, a moralidade.

Se os nossos índios quando encarnados andavam nus, isso para eles era natural e moral, porém, isso não quer dizer que hoje como Guias de Umbanda adotem a mesma indumentária.

Raciocine comigo;


Imagine se uma cabocla incorporar em uma médium, essa médium deverá então permitir a incorporação seminua, com os seios e as pernas a mostra?

Dessa porcaria a Umbanda está repleta, essa gente mostra ao povo que ignora as nossas práticas, justamente o que não somos e não praticamos.


Não somos palhaços e não somos atores!

Um comentário:

Julio Mallmann Dirigente Espiritual disse...

Estas frases que vemos nos textos realmente acontecem pois ja vi mediun dizer de boca cheia que dominavam as entidades ,que as mesmas trabalhariam conforme o seu gosto,era uma pessoa que estava em pleno desenvolvimento de sua mediunidade conseguindo atingir um bom grau de aprendizado e sabedoria,quando começou a agir errado o que tinha aprendido regrediu a estaca zero teve até mesmo que reaprender a incorporar, pois suas entidades lhe deram uma lição para aprender a ser humilde e perseverante novamente.

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