A presunção de achar que só incorpora espíritos extraordinários, MELHOR do que os outros ou que incoporra a própria DIVINDADE. Isto é mais comum do que parece.
Os mercenários que só trabalham por dinheiro ou beneficios, achando que aqueles que batem-lhe à porta vêm “aborrecer” sua folga.
Por isto, devem pagar, e muito bem, pelos seus “serviços”.
Os que acham que os Guias é que devem servir seus caprichos e que, nunca ao contrário, são instrumentos ou fazem parte de uma equipe de trabalho.
Invocam-nos para punir ou perseguir pessoas que são seus DESAFETOS, sem importar-se com a JUSTIÇA DIVINA.
Os ambiciosos que entram na mediunidade porque não terão patrão, ganharão muito dinheiro e se aposentarão cedo, ambicionando mansões e carros importados à custa de sua mediunidade, sem a menor fé.
Os suscetíveis a não escutar, jamais, quando uma entidade resolve dar-lhes conselhos ou nunca aceitam a sugestão do dirigente. Magoam-se por qualquer coisa.
Os levianos que adoram DIVERTIR-SE com os defeitos alheios e vão às sessões para DEBOCHAR de tudo o que vêem à sua volta.
Os que gostam mesmo de MISTIFICAR (Mentir, enganar) porque não acreditam estar incorporados por serem CONSCIENTES (em maior ou menor grau).
Os que não têm tato com o público, sendo grosseiros, impacientes, brutais e desumanos.
Os que mesmo não encontrando problemas, não se importam de chegar atrasados ou de faltar as sessões. Muitos deles trocam uma sessão por qualquer festa do bairro, nos fins de semana.
Os que comparecem ás vésperas de festas de terreiro apenas para divertir-se. Durante o ano inteiro desaparecem.
Os que não encontrando-se em condições físicas ou psíquicas, resolvem INCORPORAR de qualquer jeito, criando o hábito da mistificação (mentir, enganar)
Os que julgam melhores porque são mais antigos e experientes ou porque são jovens e de “cabeça aberta” achando ambos terem toda a verdade do mundo.
Os excessivamente tímidos, nunca permitindo uma incorporação completa.
Os ligados a espíritos sofredores e nunca percebem estar precisando de tratamento espíritual (os outros é que precisam).
Os que se fecham em suas casas, implantando a desconfiança em seu coração.
A pior qualidade:
os que não desejam aprender porque tudo sabem, esquecendo-se de que são membros ativos de um complexo físico e espíritual.
Quanto ás boas qualidades de um médium, cabe apenas uma recomendação:
o desejo sincero de não ter todos os vícios acima e lutar sinceramente contra eles.
Os Erros dos Médiuns em suas ditas "Incorporações"
O dito médium diz estar incorporado com a candura de um preto-velho.
O médium apresenta sinais de brutalidade, impaciência, linguagem grosseira, tudo contrariando o caráter de uma entidade de tal calibre.
Ou estamos frente a um espírito mistificador ( e portanto perigoso) ou o médium está mistificando (mentindo, engando). De qualquer maneira, cabe ao Guia Chefe não permitir, sob hipótese alguma tais comportamento.
Um caboclo ensina receitas infalíveis para separar casais, abortos, matar alguém e coisas assim. Nenhuma entidade de UMBANDA faz isso, nem mesmo um EXU.
O médium sempre incorpora determinada entidade que pertuba o trabalho dos demais: barulho execessivo, quer “comandar” os trabalhos tirando a autoridade espiritual do Guia Chefe, tem comportamento totalmente diverso do padrão existente.
É aí que aparecem os pretos-velhos sensuais, os caboclos desordeiros, exus bêbados e as pombagiras apresentando defeitos físicos (exceto os casos de espíritos obsessores, zombeteiros).
Um espírito de luz jamais ameaça, promete arrebentar com a vida do fulano, amaldiçoa.
Cuidado!
Após o trabalho, o dito Exu ou o Preto Velho cai em coma alcoólico.
Um espírito, ao “subir”, leva todos os resquícios de alcoól, não deixando hálito no médiun. Isto acontecendo mais vezes exige atitude firme do Guia Chefe.
O Exu quer bebidas caras, gelo, cereja ou azeitonas em suas bebidas.
Isso são hábitos do médium e não do espírito.
Em alguns terreiros Exu bebe cachaça no chão e não se queixa.
Um Exu, uma Pombagira, nunca desce para ficar apenas dançando no salão.
Uma entidade sempre vêm para trabalhar e não pra fazer bonito.
Modalidade nova são os pretos-velhos centenários (apresentam-se sob esta forma) e os sisudos caboclos em graciosas coreografias.
Lugar de entidade trabalhar é dentro do salão.
Já ouvi falar que em alguns locais, Exus que terminaram a sessão no bar da esquina ou na encruzilhada.
Incorporados com o uniforme.
Nem Exu nem “Cosme” vêm apenas para fazer bagunça.
Execessos devem ser controlados.
Há padrões de nomes, pontos, cores de roupas e comportamento entre entidades, apesar de serem espíritos de “mortos” costumam adotar nome padrão e comportamento de suas falanges. (existem excessões porém tudo com fundamento).
O mesmo vale para pombagiras com nomes curiosos como “Maria da Conceição, Vovó Padilha, Anjo Azul, Greta Garbo”, cuja imaginação do médium poderá ir até em colocar-lhes como nome uma palavra chula.
Uma entidade verdadeira precisa trazer uma mensagem consistente ou, se não for permitido pelo Alto, dizer que isso não poderá ser dito. Estranhe entidades que nunca dizem algo de valor.
Um Exu costuma ser mais “pedichão” do que os outros Guias de umbanda. Mas há diferença entre um Exu que pede uma bebida ou uma oferenda simples para aqueles que pedem um carro, ou que paguem as prestações do “cavalinho”, ou que pedem uma reforma no salão. Cuidado!
Uma entidade aprende a falar português, pois usa um médium que fala esta lingua. Isto é automático.
Um espírito que vem numa roda de umbanda vêm para trazer uma boa mensagem, tanto para o consulente como para os médiuns.
Cuidado com entidades que, durante muito tempo, ninguém consegue entender o que dizem.
Humildade e simplicidade são leis de Umbanda.
Entidade não vêm para o luxo, nem exigindo aparato. Isto são idéias próprias do Chefe do terreiro ou de seu corpo mediúnico.
Há hora para começar e terminar um trabalho.
A pontualidade é sagrada para as entidades que tem outras atividades importantes a fazer.
Nenhum espírito sério tem permissão para prorrogar horários indefinidamente sem que haja necessidade extrema.
O Guia Chefe deve intervir de imediato.
Nenhuma entidade sai de uma roda de trabalho para atender “Lá fora” sem permissão do Guia Chefe.
É perfeitamente possivel um médium ser abandonado por suas entidades que se recusam a incorporar devido a problemas de conduta.
Nestes casos os médiuns costumam ser alertados com bastante antecedência antes de acontecer.
Mas a perda da mediunidade nem sempre é punitiva.
Poderá ocorrer por esgotamneto físico do trabalhador (ou doenças) ou sob lincença da entidade-guia para resolver problemas como excesso de estudo, trabalho, família, etc.
Uma entidade, mesmo que tenha o mesmo nome, nunca é exatamente igual a outra. Contudo, como já foi dito, há padrões básicos.
Nenhuma entidade desmerece o trabalho de outra ou diminui a autoridade da Entidade-guia (anjo da guarda, Mentor, Orixá) do médium.
Uma mensagem como esta merece ser analisada com todo carinho pelo Guia Chefe.